A Internet das Coisas (IoT) introduziu uma abordagem onde "menos é mais", onde dispositivos e redes têm recursos limitados, incluindo memória, processamento, largura de banda e energia. Isso decorre da prevalência de dispositivos alimentados por bateria, que exigem maximização da vida útil da bateria, ou do esperado aumento maciço no número de dispositivos conectados. Essa necessidade de "fazer mais com menos" impulsionou o surgimento de tecnologias como as Redes de Área Ampla de Baixa Potência (LPWAN), que proporcionam conectividade eficiente para a IoT.
Complementando a tecnologia LoRa, existe o LoRaWAN (Long Range Wide Area Network), um protocolo de comunicação que opera nas camadas superiores à camada física do LoRa. O LoRaWAN define o sistema de comunicação de rede, incluindo a gestão de dispositivos, a segurança e a interoperabilidade entre os dispositivos e as aplicações.
Em resumo, pode-se dizer que LoRa é a camada física e LoRaWAN a camada MAC.
No Brasil são reguladas pela Resolução nº 680/2017 (Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita). A principal faixa que se destaca para utilização é a de 915-928 MHz.
Nota-se que um dispositivo final não pertence a um gateway específico, mais de um gateway pode receber uma mensagem enviada por um dispositivo final. Os gateways são bidirecionais, o que significa que podem receber e enviar mensagens dos dispositivos finais. Eles se comunicam com um servidor de rede e são conectados através de conexões IP.
A comunicação direta entre os dispositivos finais e o gateway reduz o consumo de energia, já que não há necessidade de retransmissão de dados através de dispositivos intermediários, isso é ideal para dispositivos alimentados por baterias que precisam operar por longos períodos. Além disso, é fácil adicionar novos dispositivos à rede, pois cada um só precisa se conectar ao gateway, sem a complexidade de gerenciar roteamento de dados entre múltiplos dispositivos intermediários. Por outro lado, o gateway é um ponto único de falha, se ele falhar, os dispositivos podem perder a capacidade de se comunicar com a rede central. Além disso, cada gateway tem uma capacidade limitada de quantos dispositivos pode gerenciar simultaneamente.
Um fator crítico para a transmissão usando esta tecnologia é o fator de espalhamento (sigla SF em inglês) que permite que o LoRa troque uma boa taxa de dados por uma melhor robustez do sinal e vice-versa.
Como LoRa usa toda a largura disponível da banda e transmite em banda larga, o sinal é resistente a ruídos de banda estreita o que é muito útil já que a aplicação funciona na banda ISM.
Cada um dos três protocolos tem seus pontos fortes e fracos. No caso do LoRaWAN se destaca por ser a mais versátil. Sua facilidade de conectar novos dispostivos a rede, quantidade ilimitada de mensagens diariamente, baixo custo de implementação, um bom alcance, com baixo consumo de bateria e sem sacrificar a taxa de transmissão.
R: LoRa é a camada física e LoRaWAN a camada MAC.
R: Por sua capacidade de oferecer conectividade de longo alcance e baixo consumo de energia.
R: Longo alcance e baixo consumo de energia.
R: Baixa taxa de transmissão de dados.
R: Pois cada dispositivo só precisa se conectar ao gateway, sem a complexidade de gerenciar roteamento de dados entre múltiplos dispositivos intermediários.