2.0 - INTRODUÇÃO

            A expansão da Internet trouxe consigo um aumento extraordinário da oferta de serviços. Inicialmente, os aplicativos de rede tradicionais (texto e imagem WEB, FTP, DNS), encaixavam-se perfeitamente nas funcionalidades dos protocolos vigentes da camada de redes. Entretanto, com a disseminação das aplicações que transmitem e recebem conteúdo de multimídia à taxa constante –  telefonia IP, teleconferência, jogos interativos, aprendizado à distância, rádio por Internet, vídeo e áudio sob demanda, tais protocolos já não mais atendiam eficientemente os requisitos da nova demanda de serviços. É que a exigência dos aplicativos tradicionais diferem substancialmente das necessidades dos aplicativos multimídia. Estes são extremamente sensíveis à perdas e à variação do atraso, enquanto que os primeiros, totalmente orientados à dados, não. A estrutura da Internet, como inicialmente pensada, permite que seus protocolos de rede ofereçam um serviço de melhor esforço (RFC 1663) para cada datagrama que transporta. Isso quer dizer que ela faz seu máximo esforço para garantir à entrega dos datagramas da fonte ao receptor o mais rápido possível. Contudo, não há nenhuma garantia sobre o atraso dos pacotes ou mesmo às variações destes numa corrente de pacotes. Essas diferenças de necessidades fundamentais sugerem que a arquitetura inicialmente projetada para a Internet pode não prover suporte eficiente às necessidades de multimídia. Assim, há de se suspeitar que logo os grupos que sugerem normas para Internet estariam empenhados em aproveitar a arquitetura vigente para melhorar o suporte à multimídia oferecendo integração de serviços de modo que os mesmos possam tornar-se mais confiáveis tendo como vantagem o tratamento da heterogeneidade das redes.

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