Algumas das críticas à TCPA a acusam de ser, primordialmente, voltada para atender
aos
anseios do DRM. Estas críticas argumentam que a TCPA retiraria os direitos dos usuários em
suas próprias máquinas, não permitindo “backup” nem deslocamento de tempo ou espaço
de
conteúdo comprado legalmente.
Os méritos do DRM são um tópico complexo e foram abordados no tópico anterior, mas
é
fácil, segundo a IBM (como argumentado em [1]), apontar características do “chip” TCPA que
o tornam inadequado para a realização das tarefas em prol do DRM. Além disso, a
implementação da IBM para este ”chip”não foi projetada, nem disponibilizada,
com a proteção
antifalsificação necessária para prover, efetivamente, proteção anticlonagem
de dados.
O “chip” TCPA não é, particularmente, adequado para o DRM. Embora
ele realmente possua a
habilidade de reportar informação assinada do PCR, e o fato de esta informação poder
ser
utilizada para prevenir a reprodução dos dados, a menos que sistema operacional e aplicativos
confiáveis estejam em uso, este tipo de estratégia seria um pesadelo de se gerenciar pelos
provedores de conteúdo. A cada qualquer alteração na BIOS, no sistema operacional, ou
no
aplicativo, ocorreria a alteração dos valores reportados. De que forma os provedores de
conteúdo poderiam reconhecer quais valores de PCR seriam válidos, dada a enorme
quantidade de plataformas, versões de sistemas operacionais e freqüentes pacotes de reparo
de “software”?
Segundo, a versão do “chip” TCPA produzida pela IBM se localiza no barramento
LPC, o qual
é facilmente monitorável. O “chip” não é defendido contra análises
de potência, rádio-
freqüência ou temporização. O ponto fraco seria então o fato de que o proprietário
físico da
máquina poderia, facilmente, recuperar qualquer segredo relativo aos DRM contido no “chip”.
A
razão para esta aparente “negligência” neste “chip” está no propósito
do “chip”, que é de
defender os dados do usuário contra ataques remotos, e não contra ataques do próprio
usuário.
Além disso, como defendido em [4], condenar TCPA por sua potencialidade em permitir
o uso
de aplicações em prol do DRM seria um absurdo. Seria o mesmo que apoiar alguns governos
em suas tentativas de banir a encriptação de dados, pois a encriptação poderia ser usada por
terroristas para esconder suas mensagens.