1.
Introdução

            Atualmente não há dúvida nenhuma que a prática do SPAM, termo esse que designa a prática do envio de E-mails não-solicitados na Internet, independente de ser essa prática considerada ilegal ou não (ou no mínimo anti-ética), é um fenômeno que ganhou proporções tais que praticamente ninguém que tenha um E-mail publicado na Internet, nos dias atuais, esta livre dela.

            Muito embora tenha começado de forma bastante simples, rústica e amadora no início, em poucos anos a atividade dita “SPAMMER” evoluiu para um nível de profissionalismo tal que em nada ficaria devendo as demais atividades ligadas a área Tecnologia da Informação, como por exemplo administração de redes, segurança de redes, programação visual, etc.

            De uma mão-de-obra barata, no início, selecionada entre usuários da Internet para a tarefa de enviar manualmente milhares de E-mails não solicitados por dia, até o profissional (ou equipes de profissionais) especializado em inventar formas novas de “otimizar” o envio do SPAM nos dias atuais, poderíamos seguramente dizer que a “carreira” profissional de SPAMMER foi a que mais cresceu em quase 10 anos do nascimento desta que, por muitos, é considerada uma praga, assim como vírus, worms e hackers.

            Contudo, o SPAM não nasceu ao acaso. Ele foi obra de um conjunto de fatores, alguns deles remontando ao final dos anos 70 quando o protocolo SMTP começava a ser desenvolvido, e que culminaram no início das atividades SPAMMERS na metade final do ano de 1996.

            Estudar esses fatores, entender a lógica e as motivações por trás desta atividade, saber da dificuldade de se definir o que é um SPAM e, por fim, entender por que é mais difícil ainda se chegar a um consenso legal de como se deve tratar os indivíduos que praticam o SPAM é de suma importância para se implementar medidas cabíveis, quer seja como administradores ou usuários de rede, para reduzir os incômodos diários a que nossas caixas de entrada de E-mails são submetidas (ou seja, nos mesmos).

            Desta forma, este trabalho destina-se a introduzir-se e aprofundar-se neste fenômeno diário que consome tanto a nossa paciência quanto a largura da banda do canal de comunicação externo das nossas redes.