2.0 A Linguagem WML
Como exposto anteriormente, o objetivo principal da tecnologia WAP é a integração com a rede mundial de computadores (WWW – World Wide Web) e devido a isto sua arquitetura busca, sempre que possível, similaridade ao funcionamento da Internet.
Um primeiro exemplo disto é a linguagem usada, a Wireless Markup Language. A WML é uma especialização do XML (eXtensible Markup Language), linguagem esta largamente utilizada na Internet por ser extensível, uma vez que os símbolos de markup são ilimitados e se auto definem, podendo ser criados por qualquer pessoa. O motivo pelo qual a WML é uma especialização do XML se deve a necessidade de otimizar a programação às pequenas telas dos aparelhos, assim como simplificar a leitura, já que as menores taxas de transmissão impedem a presença constante de imagens.
Para obter tais avanços, a linguagem WML usa o conceito de cards e decks, onde um deck corresponde a uma página da WWW. Dentro de cada deck (baralho) encontram-se diversas cards (cartas), que são ligadas (através de links) entre si. Com essa divisão, uma página inteira da WWW, que seria grande demais para o visor do aparelho celular, é dividida em páginas menores que cabem no visor do aparelho, sendo acessadas e exibidas uma de cada vez.
Um exemplo simples e ilustrativo segue abaixo:
Código:
<?xml version="1.0"?>
<!DOCTYPE wml PUBLIC "-//WAPFORUM//DTD WML 1.1//EN"
"http://www.wapforum.org/DTD/wml_1.1.xml">
<wml>
<card id="no1" title="Card 1">
<p>Hello World!</p>
</card>
<card id="no2" title="Card 2">
<p>WML - Wireless Markup Language</p>
</card>
</wml>
Primeiro card exibido:
Segundo card exibido:
![](images/card2.jpg)
Como pode ser visto acima, código WML usa os mesmos conceitos de markup, como o HTML, com a presença de um cabeçalho indicador do tipo de linguagem e de suas propriedades, além da presença de tags que definem a estrutura e a formatação dos dados a serem exibidos na tela.
Uma última característica a ser apresentada é o WMLScript, que é uma versão mais leve do conhecido JavaScript executado nas páginas HTML. Uma característica interessante destes scripts é o fato de não serem anexados aos códigos WML, existindo apenas uma referência URL ao script que está localizado no servidor. Para ser executado no browser do cliente o código tem que ser anteriormente compilado para codificação de bytes no servidor.