Além
dos métodos de fraudes já conhecidos, outro problema
surge pelo fato de estarmos usando componentes eletrônicos:
as falhas.
Existem
basicamente dois tipos de falhas: as falhas de software e as
falhas de hardware.
Como
falhas de hardware podemos englobar falhas resultantes do mal
funcionamento de algum componente da urna eletrônica.
Esta, como se sabe, consiste em um microcomputador (PC) simplificado,
onde o disco rígido foi substituído por um dispositivo
de memória flash, o teclado e o mouse foram substituídos
por um teclado numérico, com a adição das
teclas “BRANCO”, “CORRIGE” e “CONFIRMA”.
Há a adição de um drive de disquete, usado
para gravar os votos que serão levados para apuração.
Um dispositivo de impressão é adicionado à
urna para imprimir o comprovante do voto e, ao final do horário
de votação, um histórico de todos os votos,
a fim dese evitar fraude.
Todos
estes dispositivos estão sujeitos a falhas. Além
disso, há o risco de falha do dispositivo de armazenamento
dos dados (o disquete). Como meio de se tentar evitar isso,
os dados da votação são armazenados na
memória da urna também.
Segundo
o secretário de informática do TRE de Santa Catarina,
Carlos Camargo, como citado em uma reportagem no site “Jornal
do Voto Eletrônico (vide Bibliografia),
“”não existe caso de avaria na urna que impeça
a recuperação dos dados”, pois ela é
dotada de “vários mecanismos internos de proteção
física””.
Como falhas
de software, entende-se por falhas decorrentes do mau funcionamento
do sistema, provavelmente decorrente de uma má programação
ou má configuração. Geralmente estas falhas
são menos prejudiciais, pois sistemas de proteção
física podem preservar os dados e impedir que falhas
de sistema alterem o que já está gravado em disco.