5.1 O problema das falhas

Além dos métodos de fraudes já conhecidos, outro problema surge pelo fato de estarmos usando componentes eletrônicos: as falhas.

Existem basicamente dois tipos de falhas: as falhas de software e as falhas de hardware.

Como falhas de hardware podemos englobar falhas resultantes do mal funcionamento de algum componente da urna eletrônica. Esta, como se sabe, consiste em um microcomputador (PC) simplificado, onde o disco rígido foi substituído por um dispositivo de memória flash, o teclado e o mouse foram substituídos por um teclado numérico, com a adição das teclas “BRANCO”, “CORRIGE” e “CONFIRMA”. Há a adição de um drive de disquete, usado para gravar os votos que serão levados para apuração. Um dispositivo de impressão é adicionado à urna para imprimir o comprovante do voto e, ao final do horário de votação, um histórico de todos os votos, a fim dese evitar fraude.

Todos estes dispositivos estão sujeitos a falhas. Além disso, há o risco de falha do dispositivo de armazenamento dos dados (o disquete). Como meio de se tentar evitar isso, os dados da votação são armazenados na memória da urna também.

Segundo o secretário de informática do TRE de Santa Catarina, Carlos Camargo, como citado em uma reportagem no site “Jornal do Voto Eletrônico (vide Bibliografia), “”não existe caso de avaria na urna que impeça a recuperação dos dados”, pois ela é dotada de “vários mecanismos internos de proteção física””.

Como falhas de software, entende-se por falhas decorrentes do mau funcionamento do sistema, provavelmente decorrente de uma má programação ou má configuração. Geralmente estas falhas são menos prejudiciais, pois sistemas de proteção física podem preservar os dados e impedir que falhas de sistema alterem o que já está gravado em disco.