Considerações Finais

Apesar deste possuir mecanismos relativamente simples, operando quase que exclusivamente sobre a definição e recuperação de variáveis em sistemas remotos, o SNMP se mostra um protocolo capaz de atender a grande parte das necessidades ligadas à coleta de indicadores sobre o funcionamento de uma rede e dos dispositivos que a compõe. A capacidade de detecção e notificação de eventos simples, através do uso do mecanismo de traps estende esta funcionalidade, conferindo uma capacidade, ainda que moderada, de detectar possíveis erros e alterações de comportamento na rede.

Com a evolução de seu modelo de segurança, o SNMP, agora em sua terceira grande versão, pode ser devidamente utilizado sem expor a rede a uma série de riscos de segurança oriundos da deficiência de sua primeira implementação de um modelo de autenticação.

A flexibilidade e simplicidade de implementação do SNMP contribuíram para sua adoção em larga escala como uma das principais ferramentas para gerência de redes baseadas em TCP/IP. Ao mesmo tempo, foi percebido que parte das razões que colaboram para esta flexibilidade, como seu modelo descentralizado (em relação às base de dados e de usuários) acabam por trazer preocupações a cerca de escalabilidade do gerenciamento de uma rede utilizando o SNMP.

Em uma rede composta de centenas de agentes, o gerenciamento de chaves (uma por usuário por agente) e das MIBs (a NMS deve saber o que está disponível em cada nó) podem se tornar extremamente complexos. Isto criou um mercado para diversas soluções proprietárias que buscam facilitar este processo, mas diversas diferenças na implementação destas soluções as tornam incompatíveis entre si, o que pode vir a ocasionar diversos problemas oriundos da falta de padronização, bem como dificuldades em futuras transições para novas aplicações e tecnologias em virtude da dependência destas soluções.