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Na etapa de produção de energia, as Smart Grids funcionam de forma inovadora, buscando extinguir a produção centralizada de energia e integrar à rede o produtor individual. Aí é onde surge a figura do Prosumidor, o usuário que é ao mesmo tempo consumidor e produtor de energia elétrica. Este tem papel fundamental nesse novo sistema de produção, pois torna-se tão responsável pela sustentação rede quanto as grandes empresas.

Atualmente, o sistema de distribuição de energia funciona de forma manual, onde a energia percorre uma determinada rota para sair da usina e chegar ao consumidor. Porém, como as atuais subestações e transformadores são mecanismos manuais, qualquer queda, perda ou acúmulo excessivo de energia causada por tempestades, raios, etc pode causar uma quebra na distribuição daquela rota que só podem ser restauradas manualmente.

Nesta etapa, as redes inteligentes utilizam ao longo de todo o trajeto de distribuição sensores e MSC’s (Mechanical Switched Capacitor) especialmente desenvolvidos para automaticamente detectar essa flutuação e compensar a perda reescrevendo a rota e restabelecendo a distribuição de energia no local.

Quando se trata de gestão de energia, as Smart Grids permitem tanto ao produtor quanto ao consumidor uma análise em tempo real das informações geradas por sensores e medidores inteligentes, possibilitando um melhor controle de diversos fatores no consumo de energia. Ao cliente, é muito mais cômodo ter em mãos em tempo real o seu consumo de energia, pois pode então reduzir seu consumo para melhor adequação a seus gastos.

A integração dos aparelhos domésticos à rede permite ao usuário um controle e monitoramento cômodo de toda a atividade exercida por estes aparelhos, podendo por seu smartphone regular o funcionamento de seus eletrônicos.

Com a substituição de combustíveis fósseis como fonte de energia, para a utilização de fontes mais limpas, a demanda do protocolo de kyoto por redução na emissão de gases agravantes do efeito estufa pode ser atingida.

Devido aos mecanismos de monitoramento e sustentação da rede elétrica inteligente, há uma estabilidade muito elevada quanto a disponibilidade de energia.

Devido a extensa área territorial do Brasil, há uma grande dúvida sobre a implementação de uma smart grid de porte nacional. Relacionado a isso, torna-se de alto custo a implementação de uma rede inteligente de tal porte.

Com um volume grande de dados e metadados, a segurança é um aspecto importante a ser considerado. Existem 3 aspectos cruciais: a confidencialidade, garantir que os dados não serão vazados do ecossistema; a integridade, garantir que os dados não serão adulterados; e por fim, a disponibilidade, para que o sistema não sofra DOS sejam eles intencionais ou não. Outro ponto importante é a questão da IoT, a Internet das Coisas, que embora confortável traz o risco de que se a integridade do sistema for comprometida pode acarretar em danos significativos, principalmente relacionado à questão da privacidade.