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Documentos

Como visto anteriormente, a tecnologia RFID permite a armazenagem de dados em chips pequenos, cujos dados são facilmente lidos e alterados. No caso de documentos, alguns passaportes passaram a ter RFID com assinatura digital, para fazer a identificação única dos passageiros e armazenar informações como nome, endereço, data de nascimento e dados biométricos.

A União Européia, por exemplo, passou a adotar passaportes biométricos com microchips RFID. Os chips guardam 32 Kb de dados, incluindo além de informações já presentes nos passaportes de papel, imagens da pessoa, com parâmetros característicos do rosto humano (distâncias e ângulos entre olhos, boca, nariz, maçãs faciais), digitais e íris em alguns casos. Assim, quando o passageiro mostra seu passaporte, uma máquina coleta imagens atuais de seu rosto e digitais, e as compara com as presentes na entrada do banco de dados associado a seu passaporte. Se forem compatíveis, o passageiro é identificado e autorizado a continuar.

Os EUA também passaram a adotar o mesmo tipo de passaporte, especialmente após os ataques de 11 de setembro. Todas essas nações têm como objetivo aumentar a segurança nas fronteiras, diminuir falsificações, roubos de identidade, e rastrear pessoas, quando necessário, em locais como aeroportos e estações, já que os sinais RFID podem ser captados a alguns metros de distância.

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Transações Financeiras e cartões de transporte

Um importante uso de RFID é nas transações financeiras. Atualmente, a maioria dos cartões de crédito, vários celulares e outros dispositivos oferecem o serviço de pagamento por aproximação que usa RFID, que foi uma das formas de pagamento mais rapidamente aceitas da história.

As tags RFID também são implementadas em cartões de pedágio e cartões de transporte como o Riocard. Por conseguirem armazenar dados de forma eficiente, as tags podem guardar o preço das tarifas e o saldo dos cartões, e apenas reduzir o custo da passagem da quantidade que existia no cartão, o que reduz consideravelmente a necessidade de usar dinheiro nos transportes.

No caso do Riocard, assim como visto anteriormente, é necessário que o cartão possua uma tag que contém um número de identificação e as informações que deverão ser transmitidas, e uma antena, presente nos terminais validadores, que vai realizar a leitura destes dados. O cartão é carregado usando a função de leitura e gravação, que permite a modificação dos dados presentes nele, e dessa forma, leitores e gravadores presentes nos meios de transporte e estações conseguem descontar o valor da passagem e liberar as catracas.

Etiquetas Inteligentes

Um dos grandes potenciais usos do RFID é o de substituir código de barras de produtos para ter um controle mais fácil de estoque, acelerar o atendimento e diminuir filas e aumentar a segurança dos bens.

Códigos de barras identificam o tipo do produto, mas não cada um individualmente. Com RFID é possível fazer, além da leitura, a escrita, e associar cada produto ao seu produtor, quando foi comprado, sua localização e propriedades como temperatura. Sendo assim, RFID pode ser usado para detectar anomalias em produtos, como identificar se um produto foi adulterado, se foi descongelado e congelado ou se foi roubado, o que dificulta a falsificação de produtos.

Para além de lojas de varejo e supermercados, as etiquetas podem ser usadas em hospitais para os mesmos fins, como localizar mais rapidamente e monitorar os estoques de remédios e utensílios, e até impedir que ferramentas usadas em uma cirurgia sejam deixadas dentro de pacientes.

Chipagem animal e humana

A chipagem de animais domésticos, que tem ficado cada vez mais popular, e a de gado, que já existe há anos, também usam a tecnologia RFID. Por ser capaz de armazenar informações que são facilmente lidas e poder ter o tamanho de um grão de arroz, as tags são implantadas nos animais e armazenam dados importantes, como o nome, telefone e endereço de seu tutor, e até seu histórico médico. Isso acelera o tratamento médico, a localização daqueles que se perderam dos seus tutores, e até permite o monitoramento de animais selvagens.

Para os mesmos fins, a chipagem de seres humanos também pode ser feita para realizar a localização de pessoas com transtornos mentais, como Alzheimer. Os dispositivos contém um número de identificação que pode conectá-las a uma entrada de um banco de dados que contém seu histórico médico e o contato de familiares. Isso facilita a localização e prestação de ajuda médica, mas levanta questões éticas quanto ao poder de escolha dessas pessoas.

Algumas empresas têm adotado as tags RFID para monitorar seus funcionários, e saberem os horários que chegaram e saíram e onde estão ao longo do dia. Com isso, elas buscam melhorar a produtividade e segurança nos espaços de trabalho quando ocorrerem emergências. Com o mesmo fim, algumas escolas também têm adotado as tags para monitorar e localizar alunos.