Arquitetura

São dois os principais tipos de arquiteturas para os Smart Cards. Dependendo do tipo do chip integrado ao cartão, o Smart Card pode ser classificado como cartões microprocessados ou como cartões de memória.

Cartões de Memória

Foram os primeiros e mais simples Smart Cards. Como não possui processador embutido, este tipo de cartão depende de um dispositivo externo, com quem se comunica através de protocolos síncronos, para ler, armazenar ou processar os dados incluídos no chip. Se dividem em três tipos: Straight, Protected e Stored Value.

Os do primeiro tipo são os mais simples. Não possuem a capacidade de autenticação com o leitor e podem ser facilmente replicados. Seu funcionamento pode ser comparado ao de um disquete.

O segundo tipo possui lógica integrada para controle de acesso aos dados. Alguns modelos podem ser configurados para restringir acesso á memoria tanto na leitura quanto na escrita.

Os cartões do terceiro tipo são geralmente criados para servirem como cartões que armazenam algum tipo de valor (pré pagos). Um exemplo de aplicação são os cartões telefônicos.

Cartões Microprocessados

Este tipo de cartão possui uma arquitetura mais complexa que os cartões de memória. Este tipo de arquitetura inclui memórias RAM (Random Access Memory), ROM (Read Only Memory), EEPROM (Electronic Erasable Programmable Read Only Memory) e uma unidade de processamento (CPU) ou microcontrolador.

A RAM é utilizada para armazenar dados voláteis utilizados pela CPU. Em geral, a capacidade de um Smart Card é de 512 bytes.

As instruções de fábrica do cartão ficam armazenadas na ROM, e são acessadas via COS (Card Operating System). Geralmente a capacidade da memória é de 16KB.

A EEPROM é usada para armazenar dados não voláteis conforme a necessidade da aplicação. sua capacidade costuma variar entre 16KB e 128KB.

A CPU é constituída de um processador RISC, geralmente com arquitetura de 8, 16 ou 32 bits e com clock de 25 a 32 MHz.

Figura 3 - Representação em alto nível de um cartão microprocessado
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Figura 3 - Representação em alto nível de um cartão microprocessado
Figura 4 - Comparação entre diferentes tipos de Smart Cards
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Figura 4 - Comparação entre diferentes tipos de Smart Cards

Os Smart Cards também podem ser separados nos tipos com e sem contato. Esta classificação depende de como a comunicação com o leitor acontece.

Cartões com contato

O módulo básico de um Smart Card com contato possui o seguinte escopo, segundo o padrão ISO 7816-2:

Figura 5 - Conector ISO 7816-2
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Figura 5 - Conector ISO 7816-2
Vcc Usado para fornecer corrente ao Smart Card
GND Terra
RST Sinal de Reset do Smart Card
Vpp Sinal usado para fornecer a voltagem de programação do Smart Card
CLK Clock externo
I/O Sinal usado para comunicação serial com dispositivo externo
RFU Sinais não utilizados e reservados para aplicações futuras

Cartões sem Contato

Estes cartões são capazes de se comunicar com o leitor sem a necessidade de contato físico. A comunicação com o leitor se dá através de ondas de rádio. A frequência utilizada pelos Smart Cards é de 13.56MHz. Este mesmo sinal é responsável por energizar o circuito integrado do cartão, com um processo chamado “Indução Eletrodinâmica”.

Dentro do cartão, ficam armazenados o módulo básico e uma antena

Figura 6 - Arquitetura de um Smart Card sem contato
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Figura 6 - Arquitetura de um Smart Card sem contato