A biometria focada no reconhecimento de íris possui inúmeras vantagens. A começar pelo
fato de se tratar de uma tecnologia recente e, por isso, amplamente estudada pela comunidade
científica atual, o que resulta em diversos projetos de pesquisa na área e o conseqüente
aumento da facilidade de seu estudo.
Com a utilização da íris como forma de identificação e autenticação de um indivíduo é
possível obter um alto grau de segurança e confiabilidade, visto que a íris, além de ser uma
característica inerente e única a cada ser humano, permanece inalterada durante toda sua vida,
a não ser devido à ocorrência de algum evento externo que possa vir a danificá-la. Isto é,
características biométricas são vantajosas sob o ponto de vista de que não precisam ser
lembradas, como acontece com as senhas, e nem carregadas, como acontece com os cartões
e tokens. No entanto, a íris possui um diferencial ainda maior quando comparada a outras
medidas biométricas: mudanças no timbre da voz, no tamanho do dedo ou da mão, e o
surgimento de novas características da face, por exemplo, podem requerer um novo registro
do indivíduo na base de dados do sistema, enquanto que a formação estrutural da íris humana
permanece constante ao longo dos anos.
O processo de identificação tem por base apenas a captura de uma imagem da íris, obtida
através de uma fotografia, que pode ser tirada de uma distância entre 10 e 60 cm do olho da
pessoa, não apresentando, dessa forma, a necessidade de que a pessoa entre diretamente em
contato físico com o aparelho identificador.
A velocidade de processamento e facilidade de uso também são fatores importantes que
contribuem para o sucesso da tecnologia e sua aceitação pelas pessoas. A utilização de óculos
de grau ou de óculos escuros não influencia no reconhecimento da íris de um indivíduo.
Até mesmo pessoas com deficiência visual, apesar de poder apresentar dificuldades em
alinhar-se com o aparelho identificador, podem utilizar-se da tecnologia de forma bem
sucedida, pois o reconhecimento desta medida biométrica é dependente do padrão da íris, e
não do campo de visão do indivíduo.
Figura 10. Reconhecimento através da Íris