3. Reconhecimento de Retina      << Anterior | Página inicial | Próximo >>
3.1 Funcionamento (Segunda Parte)
    Os dados obtidos a partir dos padrões refletidos pelo conjunto de vasos sanguíneos encontrados na retina servirão para construir um pequeno modelo da retina de alguns poucos bytes. Esse modelo será utilizado em autenticações futuras.
    Em outra etapa, temos a autenticação propriamente dita, e para que ela seja possível, a pessoa deve aproximar seu olho do equipamento para que o mesmo efetue a varredura. A distância costuma ser de aproximadamente pouco mais de meia polegada e por causa disso muitas pessoas não utilizam essa tecnologia, pois temem expor seus olhos ao aparelho, e muitas vezes se sustentam em argumentos infundados de que a utilização do mesmo pode causar danos à retina. Além da distância, o alinhamento é também importante, e pode ser feito através do alinhamento de pontos visíveis no equipamento. A questão do alinhamento é de grande importância, pois torna difícil a reprodução do mesmo em uma máquina.
    Durante a autenticação pode ser possível que você tenha de digitar algum número (uma senha, por exemplo), ou utilizar um cartão (esse cartão pode conter o modelo da retina do usuário utilizado para comparação dado seu pequeno tamanho), antes que a varredura seja efetuada. Esse método faz com que tenhamos duas possibilidades na identificação: o sistema pode simplesmente verificar se um modelo armazenado associado a um usuário é o correspondente ao modelo da retina varrida (o que em um equipamento pode levar algo em torno de 1,5 segundos), ou pode buscar em uma base de dados comparando o modelo com todos os possíveis (o que levaria em alguns equipamentos por volta de 5 segundos para uma base de dados com 3000 usuários), realizando o reconhecimento de retina propriamente dito no lugar de uma mera verificação. Essa busca é possível devido ao pequeno tamanho do modelo armazenado se comparado com outros mecanismos de biometria (algo entre 50 e 100 bytes dependendo da tecnologia utilizada), e de algoritmos que permitem, por exemplo, corrigir rotações da cabeça do usuário.
    Pode-se também definir níveis de compatibilidade a partir dos quais uma pessoa pode ser considerada aceita no sistema, tendo seu acesso garantido, ou seja, o quão similar uma leitura de retina precisa ser do modelo armazenado para que a pessoa sendo identificada seja considerada a que anteriormente disponibilizou o modelo armazenado.
    Para ilustrar o funcionamento propriamente dito do escaneamento da retina utilizaremos, como exemplo, uma das tecnologias utilizadas pela EyeDentify que já sofreu alterações mas que continua sendo um mecanismo de compreensão bastante fácil.