A arquitetura Fibre Channel é implementada em três tipos de topologias de transporte: ponto a ponto, laço arbitrado, e fabric. Na configuração da topologia ponto a ponto, a conexão entre dois dispositivos é dedicada. Já na topologia laço arbitrado, o meio é compartilhado, permitindo que dois ou mais dispositivos possam se comunicar. Um conjunto especial de comandos é empregado para controlar o acesso do meio pelos dispositivos. A topologia Fibre Channel fabric permite múltiplas e coexistente conexões ponto a ponto via comutação nível 2, provendo maior desempenho e escalabilidade.
Ponto a ponto
A topologia ponto a ponto (point-to-point) é simplesmente uma conexão direta entre duas Portas_N. Este esquema cria uma banda dedicada entre os pontos ligantes.
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Laço Arbitrado
Comparado com a topologia ponto a ponto, laços arbitrado (arbitrated loops) permite maior flexibilidade e suporte para mais dispositivos.
Arbitrated loop é laço ou anel físico, na qual os dados são transmitido de um Nó_NL para outro Nó_NL até alcançar o Nó_NL de destino. Sendo assim, existe um caminho contínuo de dados através dos Nós_NL do laço, permitindo que qualquer dispositivo possa acessar outro dispositivo no laço, como ilustrado na Figura 2.9.
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Na Figura 2.9, os nós do laço estão ligados serialmente. Se ocorrer algum problema em apenas um nó, o laço inteiro será desfeito. Com isso, foi desenvolvido arbitrated loop hubs.
A topologia física do laço arbitrado com hub é do tipo anel-estrela (Figura 2.10), cada Porta_NL transmite e recebe para um lugar comum. Um dos benefícios advindos do uso de um centralizador é o atalho para cada porta. Se um nó estiver desabilitado, um caminho secundário será usado. Portanto, o laço não será mais desfeito. O HUB será o ponto único de falha.
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No laço arbitrado é permitido conectar 127 dispositivos (126 Portas_NL e 1 Porta_FL) em um laço. Vale lembrar que Porta_FL é a porta do fabric switch que funciona como interface entre o segmento de laço e os outros fabric componentes.
Laço arbitrado é um transporte compartilhado e por este motivo, o acesso ao meio é ordenado. O acesso é arbitrado pelo protocolo de arbitração. Uma Porta_NL arbitra e ganha o controle do transporte, esta terá a toda largura de banda disponível para transação. Ao término da transação, a Porta_NL fecha a conexão liberando o meio. Esta mesma porta poderá arbitra logo após o término de sua transação se não houver pedido sendo feito por outro dispositivo. A Porta_NL é justa, este esquema permite que dispositivos com baixa prioridade consiga ganhar a arbitração. Contudo, as Portas_FL não são portas justas. Se a Porta_FL fosse justa, poderia haver um congestionamento de quadros no switch. Esta maior prioridade da Porta_FL assegura o acesso do fabric switch quando for preciso acessar o loop.
Fabrics
Fibre Channel fabric é uma topologia em que um ou mais fabric switches são utilizados na configuração de uma rede Fibre Channel. Fabrics fornece a largura de banda máxima por porta. Como mostrado na Figure 2.11, um fabric switch é otimizado para conexões diretas entre as Portas_F do switch e as Portas_N dos dispositivos.
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O número máximo de switches interconectados possíveis numa rede Fibre Channel é 239, tal fator está ligado a capacidade máxima do endereçamento único de cada switch pelo modelo Fibre Channel.
Zoneamento
O zoneamento (Fabric zoning) permite a separação de dispositivos baseados: na função, separação de departamentos, ou potenciais conflitos entre sistemas operacionais. De forma simplicada, o zoneamento restringe o acesso a certos nós/recursos.
Na Figura 2.12, temos um exemplo de um zoneamento.
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O diagrama da Figura 2.13 facilita a visualização do zoneamento citado acima.
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O zoneamento pode ser configurado de duas maneiras:
- Estaticamente, configuração por portas (Figura 2.14)
- Dinamicamente, configuração baseada em World-Wide Name (WWN)
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Zoneamento por porta é mais seguro que zoneamento baseado em WWN, pois o intruso não consegue enganar a porta manipulando as informações do quadro Fibre Channel. Entretanto, a zona permanece com a porta e não com o dispositivo. Se houver uma mudança de um servidor de uma porta para outra, o servidor não mais pertencerá a zona que era designado. No zoneamento baseado em WWN, a zona é designada ao dispositivo. Isso facilita o translado dos dispositivos mas é mais vulnerável a intrusões.