Figura 1: Abstração do NFV [1].

  NFV é uma possível solução para alguns problemas há tempos presentes na indústria de telecomunicação. Geralmente, os serviços providos por empresas de telecomunicações (i.e.: Oi, Vivo, Tim, etc.) consistem em operadores de rede implantando dispositivos físicos proprietários, cada um deles executando funções necessárias para um dado serviço, além de montarem a topologia da rede de dispositivos, encadeando-os da forma correta usando o espaço físico disponível para a rede; isso leva a uma reciclagem lenta de produtos e dependência em hardware especializado.

  Essa reciclagem lenta é algo que impacta fortemente a habilidade de melhorar e inovar os serviços providos por tais empresas, habilidade essa necessária para atender às expectativas voláteis mas também rígidas para serviços de qualidade. Assim, ao invés de melhorar o que já se usa, empresas escolhem o caminho de comprar e operar equipamentos novos cada vez mais; isso requer técnicos cada vez mais habilidosos e adaptáveis que possam operar ambientes em constante mudança, na esperança de se manterem atualizados no cenário da indústria de telecomunicações. Isso gera cada vez mais gastos de operação e de capital (OPEX e CAPEX, respectivamente) que não podem ser cobertos com taxas de inscrição mais caras, arriscando perder clientes caso contrário.

  Para contra-atacar essa dependência em relação às empresas que fabricam hardware especializado e a consequente manutenção especializada e lenta renovação na entrega de serviços, sem ter que pagar demais/cobrar demais dos clientes para atingir tal objetivo, algumas provedoras se juntaram e propuseram NFV que é, basicamente, a prática de desacoplar as funções de rede comumente executadas por dispositivos proprietários construídos com tal objetivo em mente, do software que as executa.

  Isso é alcançado virtualizando tais funções, como as de um firewall, roteador ou gateway, em máquinas programáveis de uso comum (servidores e switches, por exemplo) por meio de máquinas virtuais nelas instanciadas, funcionando como qualquer nó numa topologia de rede.