Implementação e Configuração MPLS

Configuração de roteadores MPLS

A configuração de roteadores MPLS envolve a definição de rótulos MPLS, políticas de encaminhamento e interfaces de rede. Os roteadores PE e P devem ser configurados com precisão para garantir que o tráfego flua corretamente na rede MPLS. Isso requer a criação de túneis MPLS, atribuição de rótulos, configuração de políticas de QoS (Qualidade de Serviço) e roteamento.

Benefícios e Desafios do MPLS

Os benefícios do MPLS incluem o aprimoramento do desempenho, a simplificação do encaminhamento de pacotes, o suporte a QoS e a capacidade de fornecer serviços como MPLS VPNs. No entanto, a implementação do MPLS também enfrenta desafios, como a necessidade de dispositivos compatíveis, a complexidade da configuração e a potencial sobrecarga na rede devido à adição de rótulos.

Comparação com outras tecnologias de rede

O MPLS é uma tecnologia sólida e confiável, mas deve ser avaliada em comparação com outras tecnologias, como IPsec, SD-WAN e redes definidas por software (SDN). A escolha entre essas tecnologias depende dos requisitos de uma rede específica, como segurança, escalabilidade, requisitos de largura de banda e gerenciamento. Cada tecnologia tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a decisão deve ser baseada nas necessidades específicas de uma organização.

Em resumo, a arquitetura MPLS envolve dispositivos como PE, P e CE, bem como protocolos como LDP e RSVP-TE. A implementação e configuração adequadas do MPLS são essenciais para aproveitar seus benefícios, como melhor desempenho e serviços de VPN. No entanto, os profissionais de redes também devem considerar outros fatores e tecnologias ao escolher a solução de rede mais adequada para suas necessidades.

Sobre o texto acima, é importante ter em mente o que o seguinte glossário significa:

  • Políticas de encaminhamento: As políticas de encaminhamento se referem às regras e diretrizes definidas em roteadores e dispositivos de rede para determinar como o tráfego deve ser encaminhado na rede. Essas políticas podem especificar a escolha de caminhos, priorização de pacotes com base em critérios como qualidade de serviço (QoS), encaminhamento de pacotes com base em políticas de roteamento (como roteamento estático ou dinâmico) e até mesmo filtragem de pacotes com base em critérios específicos, como endereços IP de origem e destino.
  • Rótulos dos pacotes: Os rótulos dos pacotes são identificadores numéricos ou alfanuméricos atribuídos a pacotes de dados em uma rede MPLS. Esses rótulos são usados pelos dispositivos MPLS (PE e P) para encaminhar pacotes com base nos rótulos, em vez de usar a tradicional pesquisa de endereços IP. Isso acelera o encaminhamento e permite uma melhor segmentação e controle do tráfego.
  • Túnel MPLS: Um túnel MPLS refere-se à rota lógica ou caminho estabelecido em uma rede MPLS para encaminhar o tráfego entre roteadores PE e P. Esse túnel é criado através da atribuição de rótulos MPLS e define a rota que os pacotes seguirão na rede. Em vez de seguir a rota tradicional baseada em endereços IP, os pacotes são enviados através do túnel MPLS, economizando tempo e melhorando a eficiência do encaminhamento.
  • Aprimoramento de desempenho: O aprimoramento de desempenho em redes MPLS refere-se a várias vantagens, incluindo maior eficiência no encaminhamento de pacotes, menor latência, maior capacidade de escalabilidade, capacidade de priorização de tráfego e suporte a QoS. O desempenho se refere a parâmetros como a latência, a taxa de transferência, a confiabilidade da rede e a capacidade de fornecer serviços com requisitos específicos, como VoIP e vídeo em tempo real.
  • Dispositivos compatíveis: Para implementar MPLS em uma rede, é necessário que os roteadores e switches utilizados sejam compatíveis com MPLS. Isso significa que esses dispositivos devem suportar os protocolos e funcionalidades necessárias para a operação do MPLS, como a capacidade de atribuir rótulos MPLS, rotear pacotes com base nesses rótulos e suportar as interfaces necessárias para conectar roteadores PE, P CE.

Estudo de caso

Trazendo um caso real, de uma empresa que um membro do grupo trabalha: 

Em um serviço de alta disponibilidade, SLA desejável em 99.99999% do tempo, havia um tráfego de pacotes de origem GCP e destino empresa que ingressavam na rede corporativa por meio de uma malha MPLS, fornecida por mais de um provedor. Nessa rede, havia redundância de caminhos e equipamentos, porém, a cada falha ou otimização que o protocolo aplicava, o tempo de convergência da nova rota era alto o suficiente para causar impacto perceptível no serviço. Dessa forma, como contorno, foi necessário fixar a rota desse fluxo de pacotes, apontando a origem e o destino pela rota X. Pesquisando como a área de redes dessa empresa poderia ter feito isso, encontramos as seguintes possibilidades? 

Utilização de VRFs (Virtual Routing and Forwarding): Você pode configurar diferentes instâncias de VRF em seus roteadores PE. Cada VRF é associado a um provedor MPLS específico. Isso permite que você separe o tráfego de rede de diferentes provedores e defina rotas específicas para cada VRF. O tráfego de rede é encaminhado para um provedor específico com base na VRF a que pertence.

Utilização de BGP (Border Gateway Protocol): Se a empresa possui múltiplos provedores MPLS, você pode usar o BGP para controlar a seleção de rota. O BGP permite que você anuncie rotas e atribua políticas de roteamento para influenciar qual provedor MPLS será escolhido para o tráfego de saída com base em critérios como a preferência do caminho ou a qualidade da rota.

Configuração de políticas de roteamento: Você pode configurar políticas de roteamento em seus roteadores PE para definir regras específicas sobre como o tráfego deve ser encaminhado. Isso pode incluir a seleção de uma rota específica com base em critérios, como o tipo de tráfego, o destino ou a origem. A configuração de políticas permite que você direcione o tráfego para uma rota específica com base em suas necessidades.

Utilização de CIDR (Classless Inter-Domain Routing): Você pode utilizar CIDR para criar rotas mais específicas. Isso permite que você defina caminhos específicos para determinados blocos de endereços IP. Isso é útil para direcionar o tráfego de rede com base na origem ou destino.

Implementação de MPLS Fast Reroute (FRR): O MPLS FRR é uma técnica que permite a rápida restauração do tráfego em caso de falha de rota. Você pode configurar FRR para garantir que o tráfego siga uma rota específica sempre que possível e que haja uma comutação para uma rota alternativa apenas em caso de falha.

Proteção e Redundância: Para serviços que exigem alta disponibilidade, como serviços críticos de negócios ou aplicativos sensíveis ao tempo, a rede MPLS deve ser projetada com mecanismos de proteção e redundância. Isso pode envolver a criação de caminhos de backup ou links redundantes. Em caso de falha na rota primária, os mecanismos de redundância podem permitir que o tráfego seja comutado para a rota secundária sem interrupção perceptível.

Políticas de QoS (Qualidade de Serviço): A qualidade de serviço (QoS) pode ser usada para priorizar o tráfego de serviços críticos durante uma mudança de rota. Garantir que o tráfego essencial receba prioridade na rede ajuda a manter o desempenho e a disponibilidade dos serviços, mesmo durante mudanças na rota.

Blog no WordPress.com.

Acima ↑