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Funcionamento e arquitetura:
O FANS opera em uma arquitetura de rede baseada em satélite, que utiliza comunicação por satélite para estabelecer uma conexão bidirecional entre a aeronave e os sistemas de controle de tráfego aéreo.
A arquitetura do FANS inclui sistemas a bordo da aeronave, como o FMS (Flight Management System) e o ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System), além dos sistemas em terra, como os centros de controle de tráfego aéreo.
Protocolo de comunicação:
O FANS em si não trabalha sozinho, ele utiliza vários outros protocolos de comunicação para estabelecer a troca de dados entre a aeronave e os sistemas de controle de tráfego aéreo. Sendo alguns deles:
- ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System)
Protocolo de comunicação que permite a transmissão de mensagens de dados entre a aeronave e as companhias aéreas ou operadores de tráfego aéreo.
- CPDLC (Controller Pilot Data Link Communications)
Protocolo de comunicação baseado em mensagens, que permite a troca de informações digitais entre pilotos e controladores de tráfego aéreo.
- ADS-C (Automatic Dependent Surveillance-Contract)
Protocolo de comunicação utilizado para transmitir informações de vigilância dependente automática entre a aeronave e os sistemas de controle de tráfego aéreo.
- ATN (Aeronautical Telecommunication Network)
Infraestrutura de rede baseada em IP (Internet Protocol) que fornece conectividade entre aeronaves e sistemas de controle de tráfego aéreo.
Protocolo de enlace de dados ATN B1 (Aeronautical Telecommunication Network Baseline):
O ATN B1 é baseado em tecnologia IP e utiliza conexões de rede para transmitir dados entre a aeronave e os sistemas em terra. Ele define os formatos de quadros, os métodos de acesso ao meio e o controle de fluxo de dados específicos para o ambiente aeronáutico.
Benefícios:
- Comunicação mais eficiente: Permite uma comunicação direta e em tempo real entre a aeronave e os sistemas de controle de tráfego aéreo, facilitando o compartilhamento de informações importantes e reduzindo a dependência de comunicações por voz.
- Melhor gestão de tráfego aéreo: Possibilita o compartilhamento de informações precisas sobre a posição, velocidade e intenções de voo da aeronave, o que ajuda a otimizar a gestão do tráfego aéreo, evitando colisões e congestionamentos.
- Melhorias na segurança: Permite a troca de mensagens de emergência e alertas entre a aeronave e os sistemas de controle de tráfego aéreo, garantindo uma resposta rápida e eficaz a situações de emergência.
- Redução de erros de comunicação: A comunicação digital e padronizada do FANS reduz a possibilidade de erros de comunicação entre pilotos e controladores de tráfego aéreo, melhorando a clareza e a precisão das comunicações.
Desafios:
- Custos de implementação: A implementação do FANS requer investimentos significativos em infraestrutura de comunicação, atualização de sistemas a bordo das aeronaves e treinamento de pilotos e controladores de tráfego aéreo. Esses custos podem representar um desafio para as companhias aéreas e para os órgãos responsáveis pelo controle de tráfego aéreo.
- Interoperabilidade: O FANS exige uma boa interoperabilidade entre diferentes sistemas, tanto a bordo das aeronaves quanto em terra. Isso inclui sistemas de comunicação, sistemas de navegação e sistemas de controle de tráfego aéreo. A garantia de que todos esses sistemas funcionem juntos de forma eficiente pode ser um desafio técnico.
- Atualização de sistemas existentes: Muitas aeronaves e sistemas de controle de tráfego aéreo mais antigos não possuem suporte nativo para o FANS. Portanto, a atualização desses sistemas para atender aos requisitos do FANS pode ser complexa e exigir esforços adicionais.
- Segurança cibernética: Com a maior dependência de sistemas de comunicação digital, a segurança cibernética torna-se um desafio crítico no contexto do FANS. É necessário implementar medidas robustas de proteção contra ataques cibernéticos visando garantir a integridade, confidencialidade e disponibilidade das comunicações e dos dados.