História

Criptografia e a Criptoanálise

Muitos dos progressos feitos pela humanidade foram em sua grande parte graças à habilidade de comunicação desenvolvida pelos seres humanos. Desdes os primórdios da humanidade existe a necessidade de um indivíduo se comunicar com um grupo seleto de pessoas, e daí surge a motivação para a criação de um método que possibilite transformar uma mensagem em um cifra que, se interceptada, torne dificíl a absorção da informação contida na mensagem por parte do interceptador. Sua utilidade se extende desde as Guerras Mundias até transações financeiras e tráfego de pacotes de dados na internet. A primeira mensagem criptografa que se tem conhecimento é datada de 1900 a.C. e foi encontrada no Egito.

Antes do desenvolvimento de sistemas postais e transmissões elétricas de mensagens, a maneira mais comum de mandar uma mensagem era através de um mensageiro privado. Mesmo assim, era recomendado o uso de uma técnica que “ocultasse” a mensagem a ser transportada, devido à possibilidade de que esse mensageira seja capturado de alguma maneira.

Para ilustrar a importância histórica da criptografia vamos analisar a Cifra de César. Esta cifra foi nomeada através de Júlio César, o general Romano que foi o principal responsável por transformar Roma em um império aproximadamente em 50 a.C. Essa cifra, classificada como uma Cifra de Substituição, consistia em subistuir cada letra da mensagem pela letra três posições depois dela. Com isso temos a seguinte mensagem criptografada:

Essa cifra era usada no Império Romano para fins de proteção de informações relevantes do ponto de vista militar. Não se sabe a eficácia deste método naquela época, mas sabemos que muitos inimigos de Roma que interceptavam a mensagem consideravam-na escrita em uma outra língua que eles não tinham conhecimento. Com isso, podemos assumir que, para a época, este método era bastante eficaz.

Para os Impérios interessados em obter informações militares do império Romano através da interceptação dessas mensagens criptografadas, era necessário desenvolver uma técnica que possibilitasse descobrir a informação daquela mensagem criptografada sem a necessidade dos detalhes criptográficos (aqueles que foram usadas pra cifrar a mensagem). O nome desse esforço de se ler uma mensagem criptografada desse jeito é conhecido como criptoanálise.

Criptoanálise nas Guerras

A criptoanálise é uma das principais forças de uma nação em uma Guerra. Ela foi muito utilizada nas duas Guerras Mundiais que esse mundo vivenciou. Ela é responsável pela derrocada de líderes militares, assim como pela promoção de outros.

Antigamente essa função de criptoanalisar mensagens era feita por poucos engenheiros e matemáticos. Hoje em dia, a quebra de códigos é realizada por inúmeras pessoas com conhecimentos nas mais diversificadas áreas. Durante a 2ª Guerra Mundial 30,000 pessoas na Grã-Bretanha realizavam tal trabalho.

Um dos episódios que mais chamou a atenção na área da Criptoanálise aconteceu durante a 1ª Guerra Mundial. Em 1917 Arthur Zimmermann, o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, mandou uma mensagem para o Mexico, usando um código diplomático chamado 0075 anunciando o plano Alemão de iniciar um ataque com seus submarinos. Caso o méxico apoiasse essa iniciativa Alemã, Zimmermann prometia oferecer os estados americanos do Arizona, Texas e Novo México ao governo Mexicano. Esta mensagem foi interceptada e quebrada pelo inteligência Britânica, e então repassada ao presidente americano Woodrow Wilson. Se até então os Estados Unidos estavam relutantes em ingressar na Guerra, a raiva gerada por essa mensagem fez o governo Americano declarar guerra ao governo Alemão, o que foi essencial para a vitória dos Aliados.

A 2ª Guerra Mundial também foi marcada por quebras sucessivas de códigos. A vitória americana na ilha de Midway, 6 meses depois do ataque de Pearl Harbour. Os japoneses planejavam eliminar a presença estratégica dos Americanos no pacífico, através de uma emboscada na ilha de Midway. Graças a interceptação de mensagens da marinha Japonesa e da criptoanálise realizada pelos analistas americanos ao quebrar o código PURPLE de encriptação, o exército dos E.U.A. teve conhecimento da data e do horário da emboscada, podendo se preparar para contra-atacar os japoneses. Na mesma guerra, muitos vitórias Alemãs podem ser atribuidas a quebras de códigos de encriptação Britânicos e Americanos, assim como a mudança de rumo da guerra foi devido à quebra dos códigos utilizados por submarinos alemães por parte dos analistas Britânicos e Americanos.