Introdução

Propósito

A criptoanálise contribuiu bastante para o desenvolvimento da humanidade. Além das suas aplicações nas Guerras (descritos anteriormente) ela era muito utilizada na solução de mistérios da humanidade, ou seja, na tradução de documentos históricos que foram descobertos estarem em uma “linguagem secreta”. Ela foi responsável também por ressucitar línguas consideradas “mortas” devido ao desconhecimento de sua estrutura.

Muitos casos de sucesso da criptoanálise podem ser citados. Por exemplo, em 1587, Mary, Rainha da Escócia, foi julgada e acusada por traição e envolvimento em três tentativas de assassinato da rainha Elizabeth I da Inglaterra que foram descobertos devido à interceptação de sua correspondência codificada, decifradas por Thomas Phelippes.

Os Governos já reconhecem a grande força da criptoanálise e seu poder benéfico para a inteligência militar e força diplomática. Por isso, criam entidades especializadas em quebra de códigos de criptografia, como a GCHQ (Government Communications Headquarters) e a NSA (National Security Agency), ambas americanas. Outro ponto positivo da criptoanálise é que ela pode ser usada no fortalecimento dos algoritmos de criptografia, para assim aprimorar a comunicação entre redes (transações bancárias, pagamentos com cartão de crédito e informações pessoais na internet).

Cifras e Códigos

Antes de começarmos a estudar a Criptoanálise a fundo vamos definir alguns conceitos essenciais nesse estudo: Cifra e Código.

Em um código frases comuns, são substítuidas por 4 ou 5 letras ou números, chamados de grupos de código, extraídas de um livro de código. A palavra a ser substítuida pode ter vários códigos, ficando a cargo do usuário escolher o código a ser usado. Códigos são tipos de cifras particulares, com isso nem todas as cifras são códigos.

Como podem imaginar, cifras são métodos de encriptação que não fazem uso do livro de códigos. A diferença entre esses dois conceitos pode, de vez em quando, se tornar bastante sutil. Por exemplo, a cifra de Júlio César estudada anteriormente neste trabalho, pode ser vista como um código que utiliza um livro de código de uma página apenas. Contudo, não é rasoável chama-lo de código devido ao fato de que precisamos converter caractere por caractere, e vimos que um código delimita uma palavra inteira.