2.3 Guerras
Ao longo da História, o uso da esteganografia sempre se mostrou presente na espionagem, sobretudo em tempos de guerra. Durante a guerra de secessão americana, ambos os lados fizeram uso extensivo de tintas químicas invisíveis que precisavam de reagentes especiais para serem reveladas.
Ao longo da Segunda Guerra Mundial, ambos os lados competiam na criação de novas tintas invisíveis e encontrar reagentes reveladores para a tinta do inimigo. Em certo ponto, porém, o grande volume das comunicações tornou inviável uso de tintas invisíveis.
Com o advento da fotografia, o microfilme foi criado com o intuito de armazenar uma grande quantidade de informação em um pequeno espaço. Em ambas Guerras Mundiais, os alemães usaram “micropontos”, microfilmes do tamanho de pontos de texto impresso, que podiam ser colados sobre textos inócuos, jornais ou revistas.
Há rumores de que hoje em dia técnicas modernas de esteganografia, como o uso de imagens digitais como portadoras das mensagens ocultas, sejam usadas na comunicação de grupos terroristas. O jornal americano USA Today de 5 de fevereiro de 2001 continha duas reportagens [18, 19] que afirmavam que o grupo terrorista Al-Qaeda estaria se comunicando usando mensagens ocultas em imagens de sites da Internet e em mensagens de spam, lixo eletrônico, embora sem provas concretas dessas afirmações. No dia 30 de outubro daquele ano, o jornal The New York Times  publicou um artigo [17] que dizia que os ataques de 11 de setembro de 2001 teriam sido organizados pela Internet utilizando técnicas esteganográficas.