Ao longo da
História, o uso da esteganografia sempre se mostrou presente
na espionagem, sobretudo em tempos de guerra. Durante a guerra de
secessão americana, ambos os lados fizeram uso extensivo de
tintas químicas invisíveis que precisavam de reagentes
especiais para serem reveladas.
Ao longo da Segunda
Guerra Mundial, ambos os lados competiam na criação de
novas tintas invisíveis e encontrar reagentes reveladores para
a tinta do inimigo. Em certo ponto, porém, o grande volume das
comunicações tornou inviável uso de tintas
invisíveis.
Com o advento da
fotografia, o microfilme foi criado com o intuito de armazenar uma
grande quantidade de informação em um pequeno
espaço. Em ambas Guerras Mundiais, os alemães usaram
“micropontos”, microfilmes do tamanho de pontos de
texto impresso, que podiam ser colados sobre textos inócuos,
jornais ou revistas.
Há rumores de
que hoje em dia técnicas modernas de esteganografia, como o
uso de imagens digitais como portadoras das mensagens ocultas,
sejam usadas na comunicação de grupos terroristas. O
jornal americano USA Today de 5 de fevereiro de 2001 continha duas
reportagens [18,
19] que
afirmavam que o grupo terrorista Al-Qaeda estaria se comunicando
usando mensagens ocultas em imagens de sites da Internet e em
mensagens de spam, lixo eletrônico, embora sem provas
concretas dessas afirmações. No dia 30 de outubro daquele
ano, o jornal The New York Times publicou um artigo
[17] que
dizia que os ataques de 11 de setembro de 2001 teriam sido
organizados pela Internet utilizando técnicas
esteganográficas.