Nas tradicionais redes sem conexão, como é o caso da Internet, cada pacote é
tratado e encaminhado independentemente em cada roteador, e esse processo é baseado
no endereço de destino carregado no cabeçalho do pacote. Na proposta do MPLS, os
dispositivos usarão rótulos ao invés de mapeamento de endereço para determinar qual é a
próxima parada para um pacote recebido. Em curtas palavras, a abordagem é tornar a
Internet orientada a conexão, pelo menos em parte, para atingir os objetivos supracitados.
Figura de www.mpls-experts.com
Quando um pacote entra na rede, será recebido por um LER (Label Edge Router), que
é o responsável por indicar o devido rótulo ao pacote. O rótulo é usado para representar um
FEC (forward equivalent class). Esse FEC pode ser um já existente na rede ou simplesmente
ser criado para enquadrar o novo pacote. Como FEC, entende-se um conjunto de parâmetros
que define uma classe de pacotes com características em comum. A partir de então, os
pacotes seguem por um LSP (Label Switching Path), determinado pelos roteadores de borda
da rede MPLS.
Na próxima seção, explicaremos com mais detalhes a arquitetura da rede MPLS,
como funciona cada etapa desde a entrada de um pacote na rede. Na seção 3, serão
detalhados os protocolos utilizados na rede MPLS, para distribuição de rótulos, entre eles, RSVP, OSPF, LDP e BDP. Na
seção seguinte, serão apresentadas aplicações que se tornaram possíveis com a implementação de
redes MPLS. Na seção 5, comentaremos sobre a evolução do MPLS, o GMPLS, e suas possíveis futuras aplicações. E, por final, na seção 6, apresentaremos
breve conclusão sobre o trabalho. Importante deixar claro que no nosso trabalho, daremos
ênfase às redes MPLS construídas sobre redes ethernet.