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4. Comunicação Subaquática
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4.2 Camada de enlace
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Após a
transmissão dos sinais, a camada física envia os bits
para a camada superior, a Camada de enlace. Essa camada normalmente
possui duas principais funções: agrupar os bits em
quadros e detecção de erros.
No agrupamento de
bits, essa camada define o tamanho do quadro, o número de
sequência, preâmbulos de sincronização,
endereços da fonte e do destino, entre outras
informações. A detecção de erros normalmente
acontece pela utilização do CRC (Cyclic Redundancy
Check), ou seja, a camada de enlace do transmissor adiciona
bits redundantes no final de cada quadro e, no receptor, essa
camada verifica a consistência desses bits. No caso em que
essa verificação falha, o receptor pode pedir para que o
quadro seja retransmitido, procedimento conhecido como ARQ
(Automatic Repeat Request - Pedido Automático de
Repetição), mas isso só pode ser feito caso ambos os
nós, transmissor e receptor, estejam executando o mesmo
protocolo. Os protocolos mais comuns são Stop &
Wait, Go Back N e Selective Repeat Protocol. Suas
diferenças e funcionalidades fogem do escopo desse trabalho,
mas é importante ressaltar que, em geral, eles controlam os
quadros transmitidos, detectando os erros e garantindo a
sequência dos quadros, formando, assim, a subcamada LLC
(Logical Link Control - Controle de Enlace Lógico) da
Camada de enlace.
Existe ainda uma
outra subcamada, que controla o acesso ao meio comum a todos os
nós. Como exemplos de protocolos dessa subcamada, podem ser
citados o ALOHA e o CSMA, explicados na próxima
seção.
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Nas redes de
comunicação, frequentemente o tempo que um nó
transmite informação em um canal de comunicação
é menor do que o tempo que ele fica ocioso. Dessa forma,
é possível compartilhar a frequência e os
espaços de tempo disponíveis entre vários nós.
Mas, para isso funcionar, é necessário que os nós
utilizem um protocolo de acesso múltiplo ao meio, para
determinar quando e quem irá transmitir. Essa é a parte
recebendo uma atenção especial atualmente, pois é a
mais crítica das transmissões subaquáticas, devido
principalmente às altas taxas de erros e às
restrições relacionadas à bateria. Os três
métodos mais comuns e difundidos que os protocolos utilizam
são FDMA, TDMA e CDMA.
-
FDMA
(Frequency Division Multiple Access - Acesso Múltiplo
por Divisão de Frequência): Esse método divide a
faixa de frequência disponível em faixas menores e cada
usuário (ou nó) pode utilizá-la individualmente.
Esse método, no entanto, é ruim para a
comunicação subaquática, devido à limitada
faixa de frequência disponível.
-
TDMA
(Time Division Multiple Access - Acesso Múltiplo por
Divisão de Tempo): Esse método realiza uma espécie
de multiplexação no tempo, dividindo-o em intervalos
menores e subsequentes. Em cada intervalo desses, um nó pode
utilizar o meio de modo exclusivo. No entanto, para garantir a
eficiência, deve haver uma margem de segurança entre um
intervalo e outro proporcional ao atraso do canal, além de um
sincronismo entre todos os nós. Em uma comunicação
subaquática, os atrasos podem ser muito grandes, limitando a
eficiência do TDMA, e o sincronismo ainda é um problema
não resolvido. Portanto, esse método não é
muito utilizado em comunicações subaquáticas, apesar
de ser utilizado em algumas redes terrestres.
-
CDMA
(Code Division Multiple Access - Acesso Múltiplo por
Divisão de Código): Esse método introduz
códigos de pseudo-ruído nos sinais, permitindo que
vários usuários utilizem a mesma faixa de frequência
simultaneamente para transmitir. Esse método parece ser o mais
promissor para a comunicação
subaquática.
Abaixo alguns
protocolos de acesso ao meio muito utilizados:
-
ALOHA:
Esse protocolo é o mais simples de todos. Ele se baseia no
envio aleatório de informação sem saber se o meio
está sendo utilizado ou não, ou seja, assim que a
mensagem está pronta para ser enviada, ela é enviada. O
receptor deve confirmar o recebimento com um ACK e, se isso
não ocorrer, o transmissor deve tentar enviar novamente.
Devido à aleatoriedade, sua eficiência é de apenas
18%.
-
S-ALOHA:
Esse é apenas um melhoramento do protocolo anterior. Seu nome
significa Slotted ALOHA, ou seja, divide o tempo em
intervalos para melhorar a eficiência, conseguindo
aumentá-la para 36%, o dobro da anterior.
-
CSMA
(Carrier Sense Multiple Access): Esse protocolo consiste em
escutar o meio antes de transmitir. Dessa forma, o número de
colisões diminui, já que, se o meio está ocupado, o
transmissor deverá esperar até o meio ficar
disponível. No entanto, ainda há o problema do nó
oculto. Como evoluções, esse protocolo teve o CSMA-CD
(CSMA- Collision Detection), que detectava uma colisão,
e o CSMA- CA(CSMA-Collision Avoidance), que procurava evitar
as colisões. Dessa forma, sua eficiência
aumentou.
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