Iniciativas de Estímulo

India Smart City Challenge

Com uma economia promissora, os centros urbanos em crescimento da Índia contribuem cada vez mais para o PIB do país. Dentro deste cenário, o Ministério do Desenvolvimento Urbano do país enxergou a necessidade de promover a melhora da infraestrutura física, institucional, social e econômica das cidades. A iniciativa e seleção de cidades India Smart Cities Challenge surgiu como um esforço para cumprir esta meta.


Marca da iniciativa de cidades inteligentes do governo indiano

Figura 5.1: Marca da iniciativa de cidades inteligentes do governo indiano.
Fonte: http://smartcities.gov.in/

O objetivo da iniciativa é fornecer infraestrutura básica e dar melhor qualidade de vida aos cidadãos em um ambiente sustentável com aplicação de soluções inteligentes. Dessa forma, procura-se atrair pessoas e investimentos para a cidade, criando um ciclo virtuoso de crescimento e desenvolvimento.

Assim como em outros lugares, o conceito de Cidade Inteligente para a Índia possui uma visão específica para a realidade do país. Dentro os elementos destacados pela documentação da iniciativa estão: abastecimento de água adequado, fornecimento seguro de energia elétrica, saneamento, eficiente da mobilidade urbana e de transportes públicos, conectividade de TI, boa governança, com um foco específico em e-government (Governo Eletrônico) com participação dos cidadãos, ambiente sustentável, proteção e segurança dos cidadãos, saúde e educação.


Exemplos de soluções inteligentes indicadas pela iniciativa indiana

Figura 5.2: Exemplos de soluções inteligentes indicadas pela iniciativa indiana.
Fonte: http://smartcitieschallenge.in/tools-and-resources#theProposal

A iniciativa, que começou sua seleção em 2016, tem o interesse de abranger 100 cidades durante cinco anos, onde será patrocinada com apoio financeiro do Governo Central, podendo continuar o acompanhamento posteriormente através de uma avaliação feita pelo Ministério do Desenvolvimento Urbano e incorporando os aprendizados adquiridos. As cidades selecionadas pelo governo não recebem um modelo específico a ser adotado, cada cidade formula sua proposta contendo a visão, o plano para a mobilização de recursos e os resultados pretendidos em termos de infraestrutura e aplicações inteligentes.

O custo do projeto de cada proposta de Cidade Inteligente pode variar de acordo com a profundidade das mudanças esperadas, modelo e capacidade de executar. O estudo aponta que para a sua implementação será necessário atrair recursos de investidores, dessa forma, o sucesso deste esforço dependerá do modelo de receita e de sua confiabilidade. O projeto pode ser visto como um acelerador para formar Cidades Inteligentes, buscando um modelo que seja replicável e que sirva como referência para outras cidades.


IBM Smarter Cities

A IBM atua com uma vertente mais técnica e específica para tornar as cidades mais inteligentes, tendo participado inclusive em conjunto com o estado do Rio de Janeiro para a criação do Centro de Operações da Prefeitura (COR). A partir de padrões traçados e conhecimento adquirido com as cidades para as quais prestou consultoria, a empresa criou soluções que podem ser empregadas mais rapidamente, fornecendo redução de custos e riscos.

Cada cidade, seja um grande mercado ou em desenvolvimento, tem necessidades únicas. O objetivo hoje de atrair novos moradores, empresas e visitantes significa atenção constante para proporcionar uma elevada qualidade de vida e clima econômico favorável. O estudo da IBM aponta que o desenvolvimento das cidades está cada vez mais associado as pessoas, bem como a capacidade da economia para criar e absorver inovação.

Dessa forma, se mostra necessário aplicar a tecnologia da informação, análise e pensamento sistêmico para desenvolver uma abordagem que estimule habilidades, conhecimento e criatividade. A IBM procura estimular o uso de Análises de Big Data para uma percepção mais profunda, Computação em Nuvem para colaboração entre agências diferentes, tecnologias móveis para receber dados mais próximos aos problemas e tecnologias sociais para melhor engajamento com os cidadãos.

Cidades são baseados em diferentes sistemas - infraestruturas, redes e ambientes - para a sua operação, como: serviços da cidade, cidadãos, empresas, transportes, comunicações, água e energia. A eficácia e a eficiência destes sistemas determinam como uma cidade funciona e quão bem sucedida ela pode ser. Estes sistemas não são discretos e devem ser considerados tanto em conjunto como individualmente.


Sistemas das cidades e as suas inter-relações dentro da estrutura maior de estratégia e governança da cidade

Figura 5.3: Sistemas das cidades e as suas inter-relações dentro da estrutura maior de estratégia e governança da cidade.
Fonte: http://www.ibm.com/smarterplanet/us/en/smarter_cities/overview/

É fundamental que a inter-relação entre os sistemas centrais de uma cidade seja levado em conta para criar um sistema de sistemas inteligente, permitindo a tomada de decisão mais informada. Nenhum sistema opera de forma isolada, em vez disso, existe uma teia de interligações. Por exemplo, os transportes, sistemas de negócios e de energia estão intimamente relacionados; os sistemas de transporte e de negócios são os principais utilizadores de energia. Conectados, esses sistemas vão oferecer ainda uma maior eficiência e abordar as ameaças inter-relacionadas. A conexão entre os sistemas de água e de energia inteligentes é outro exemplo das ligações que existem. Uma quantidade substancial de eletricidade gerada vai para bombeamento e tratamento de água.

As cidades devem usar novas tecnologias para transformar os seus sistemas em sistemas mais inteligentes, que otimizam o uso de recursos finitos. A IBM busca reunir conhecimentos detalhados de negócios, pesquisa, e tecnologia avançada para dar uma vantagem distinta no ambiente de rápidas mudanças de hoje. Dentre os serviços realizados pela empresa estão a criação de uma ligação digital em sistemas centrais da cidade assim como a análise e as ações desencadeadas por padrões nos dados, buscando incentivar a procura mais direta para a gestão de serviços por parte dos cidadãos e custos menores para as finanças públicas.