Evolução

Com o passar do tempo, surgiu a percepção de DTNs poderiam ter outras aplicações além da comunicação interplanetária. Fins como o uso em batalhas e regiões afetadas por calamidades, locais em que há pouca estrutura para sobrevivência e menor ainda para infraestrutura de redes, deixaram claro que implementações DTNs precisariam não apenas contornar questões intrínsecas ao roteamento de pacotes como também problemas como pouca capacidade de processamento e memória, reduzido espaço físico para o equipamento e escassez de energia para alimentar os componentes eletrônicos.

Até mesmo em seu propósito original, o de conectar pontos no espaço, pouca energia está disponível nas naves. Baterias podem se esgotar rapidamente e devem ser utilizadas com muita parcimônia, buscando aproveitar seus recursos com o máximo de eficiência energética possível. Por outro lado, o abastecimento por meio de paineis para a captação de energia solar podem garantir um funcionamento prolongado porém fornecem uma potência muito baixa quando comparada com matrizes energéticas na Terra. Com isso, os componentes do equipamento DTN, como seu processador, memória e antena devem ser os mais econômicos possível, o que muitas vezes restringe as capacidades de funcionamento da máquina.

Assim, redes tolerantes a atrasos (e desconexões) devem, indiretamente, atender a uma espécie de requisito até então desconsiderado: devem valer-se com o mínimo possível. Artigos e projetos de gerenciamento inteligente de energia e acerca de economia energética figuram como objeto de estudo frequente no âmbito âmbito DTN. A miniaturização dos componentes também caminha junto dessa abordagem e favorece novas implementações, tendo ganhado força na última década, especialmente nos últimos anos.