Segurança

As redes DTN ainda representam um grande desafio na área de segurança. Entradas e saídas constantes de nós da rede tornam a autenticação tão necessária e, por outro lado, difícil. Atrasos e interrupções põem em cheque o uso de protocolos já conhecidos que adotam handshakes. As técnicas utilizadas de segurança para DTNs devem utilizar o mínimo possível dos já escassos recursos de rede.

Desse modo, práticas comuns para assegurar autenticação e confidencialidade em redes convencionais não podem ser aplicadas em DTNs. A utilização de chaves públicas e privadas entre remetentes e destinatários, por exemplo, acarretaria em um desfavorável consumo adicional de banda para transmiti-las. Já a implantação de uma autoridade certificadora não apresentaria grandes vantagens devido à instabilidade das conexões.

Uma alternativa, portanto, para segurança em DTNs requereria que o envio de chaves ou certificados ocorresse em um momento ocioso da rede antes da transmissão da mensagem. Tais credenciais devem ser mantidas pelos nós para serem utilizadas quando necessário. Essa é uma das ideias centrais, por exemplo, por trás da Delay Tolerant Key Administration (DTKA), técnica desenvolvida no NASA Jet Propulsion Laboratory (JPL, ou Laboratório de Propulsão a Jato). Chaves são trocadas entre nós da rede em momentos independentes do envio de pacotes. Cada chave leva consigo uma marcação do momento em que foi criada pelo nó de origem. Assim, quando uma mensagem criptografada é enviada, ela é também acompanhada de uma marcação do relógio do nó de origem. O destinatário, ao receber o pacote, procura a chave válida mais recente recebida daquele remetente e verifica se sua marcação de tempo é anterior à marcação na mensagem. Uma chave é descartada caso expire, ultrapassando um limite de tempo após sua expedição. Todavia, um empecilho de tal abordagem que deve ser considerado em sua implementação é manter os relógios de todos os componentes da rede sincronizados entre si.